Pedriscos lançados pelos pneus de outros carros ou que se desprendem de caminhões, principalmente em estradas, podem se transformar em vilões e causar trincas no para-brisa do seu veículo. A boa notícia é que, em vez de trocar a peça, na maioria dos casos dá pra recuperá-la.
O primeiro passo é consultar um especialista e fazer uma avaliação. ” A trinca não pode ser maior que uma nota de R$ 2″, diz o diretor executivo da Carglass, Milton Bissoli. ” Caso contrário, o custo deixa de ser vantajoso”, explica ele.
Outro fator importante é a posição da fissura. Se tiver a menos de 5 cm da borda do para-brisa ou dentro do campo de visão do motorista ( a partir do centro do volante, são 15 cm para cada lado), a recuperação não é aconselhável.
Bissoli recomenda que o reparo seja feito o mais rapidamente possível, sob pena de o dano se agravar. “Com o tempo, começa a entrar sujeira na trinca e, como esses resíduos são difíceis de remover, o resultado acaba ficando pior.”
A trinca também pode aumentar quando o carro passa por buracos e valetas, ou devido a choques térmicos. ” O para-brisa é composto por uma lâmina externa e outra interna, separadas por uma película de resina”, explica Bissoli. ” Em dias quentes, por exemplo, se o motorista ligar o ar-condicionado, a lâmina externa se dilata com o calor, enquanto a interna se contrai. Isso pode aumentar a fissura”.
Além disso, rodar com vidros riscados é infração grave, com pena de multa, 5 pontos na CNH e retenção do carro.
Fonte: Jornal o Retrato